quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Again *


E eu voltava a esfregá-los como se a realidade fosse decididamente sobrenatural, esfregava os olhos com uma força que jamais teria usado para esfrega-los em toda a minha vida, e abria-os o mais que podia. Estava a sonhar decididamente. Estaria sobre o efeito de qualquer substância estranha, estaria a criar mais uma história qualquer em toda a minha cabeça, decididamente, e como todos os dias se vinha repetindo, eu sabia, estava apenas a sonhar acordada. Mas as palavras, sim as palavras que me dizias, a pontuação que usavas, as letras maiúsculas e minúsculas, as pequenas frases que apareciam no ecrã, aparentavam ser tão reais, tão informatizadas como tantas outras no mundo da informática e tecnologia em que hoje vivemos, e não se comparavam com aquelas que usualmente passeavam pelos meus sonhos. Questionava-me se estaria a endoidecer, se estaria mesmo a ficar completamente adormecida num sonho tão espantoso e magnifico que nem queria acordar, que raio é que se passava comigo (?) eu falava de ti aos outros e eles não me chamavam maluca, eles concordavam comigo como se soubessem que tu eras real, como se soubessem mais que eu, como se soubessem que não eras só mais uma menina criada pela minha grandiosa imaginação. Já estava farta, farta demais até, farta de seres um sonho, teria que encarar-te, certamente não podias ser só um sonho, algo tão perfeito não poderia esvoaçar só pela minha cabeça, e verdadeiramente, quando caí sobre mim própria, bem, tu estavas realmente lá, não eras mais um sonho em toda a minha vida, eras na realidade um milagre no meu coração, nem eu explicava todo este sentimento, nem eu o percebia, mas que poderes tens tu, minha princesa (?) que aditivo tens tu que em tão pouco tempo me prendeu completamente a ti (?) de que és feita tu, verdadeiramente (?) Como pude eu entregar-te toda a minha vida sem me arrepender de absolutamente nada (?) Há coisas que não se explicam é certo, mas isto (?) isto tem tudo que ter uma explicação: todo este carinho, toda esta confiança que te deposito, toda esta dor que invade o meu coração por não te poder abraçar e explicar que és demasiado importante para te perder, toda esta tristeza que invade o meu ser por toda a saudade que sinto de ti, todos estes ciúmes que me destroem vagarosamente pelo medo que sinto de te falhar e de não conseguir ser tão perfeita como as outras, todas estas lágrimas que invadem o meu rosto por saber que já não estás comigo, isto tem que ser explicado, tem mesmo ! Foram meros dias, apenas e somente alguns dias (…) mas quem te deu autorização para invadires o meu coração sem mais nem menos (?) Quem te deixou cativar-me assim (?) não sei quem foi, mas também não quero saber porque amei, amei mesmo a forma como me fizes-te gostar de ti, e sabes que mais? Não me arrependo de rigorosamente nada. (leste bem?)
Sabes bem que errar é humano, todos erramos, mas talvez mais do que devíamos, errei contigo é certo, mas acredita que ambas sabemos que não estiveste melhor, abusei um pouco na maneira como te abordei, mas sabes que também abusas-te. Ambas errámos e hoje pagamos as duas pelo nosso erro. Seria isto realmente necessário (?) Certamente que não, e sei que apesar de tudo o que anda na tua cabeça neste momento, tu também sabes que isto não passa de mero orgulho de ambas as partes, e a culpa (?) A culpa é toda nossa, minha e tua. Um dia irei sentir saudades de tudo o que já fomos por breves momentos, mas quem te garante que esse dia já não chegou (?)
Só te peço que olhes para trás, que recordes a promessa que ambas fizemos, que recordes o que passámos, que apesar de pouco soube bem, quero que te relembres do que me dizias, quero que penses mais uma vez no que me escreves-te «cada dia que passa sinto que estas mais presente na minha vida, e sabes que mais? sinto-me tão bem com isto», porque eu estarei aqui, e prometo, e esta promessa sei bem que vou cumprir, eu prometo mesmo, não arredar pé deste sitio onde me deixas-te, prometo mesmo esperar por ti, aqui, sim aqui, precisamente neste ponto onde a nossa história parou para continuarmos, porque sim baby, eu não quero, eu não consigo nem estou disposta a virar a página, ainda à muito, mesmo muito para escrever, só peço que fiques, que me ames como antes amavas, e que mantenhas tudo o resto que nos uniu, porque se eu pudesse (?) Se eu pudesse fazia tudo outra vez, amor . 

Cb *


Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa a tua opinião *