domingo, 8 de abril de 2012

survive.


O sol brilhava como se um dia melhor se aproxima-se. Estranhamente nascera, durante a noite, uma nova energia em mim, como se estivesse a ressuscitar de uma morte psicológica. O sonho do profundo do meu pensamento mantilha-se presente no meu acordar, questionando as minhas futuras opções e quem sabe o meu existir. «Tu não vives de um gato e de um computador, Isabel. O mundo está lá fora à espera que partas para a descoberta, à espera que o procures conhecer, saí desse buraco agora, filha! ». As palavras de mãe são mais certas do que o sol no Verão, entre os dedos foram-se os sonhos, as conquistas e até as amizades, sim, todas as amizades. Já observaste a tua vida dar uma volta maior do que num carrossel em apenas quinze dias? Pois, eu reparei que quase me fugia entre os dedos. A força nasce de nós mesmos, e estou certa que os verdadeiros não deram nem um passo em frente sem a minha mão na deles. Quantos são? muito poucos, mas esperam por mim e isso é o que mais importa. O sorriso trouxe-os até perto, a batalha está perdida mas esta guerra será minha e de todos os que caminham lado a lado comigo. Juntos iremos usufruir da vitória, e os que ficaram pelo caminho, os que desistiram de mim e de nós, os que não quiserem enfrentar os obstáculos, travam hoje diferentes guerras e batalhas e dificilmente nos cruzaremos numa futura batalha, porque eu deixei de reconhecer quem me abandonou.
Finquei as unhas nos lençóis da cama, já devia estar levantada à dez minutos, os raios de sol são poderosos e mandam-me aproveitar o que perdi nas últimas semanas, afinal de contas eu não estou somente viva, eu sei viver.

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