Queria que tivesses tantas saudades minhas como tenho tuas, e que te lembrasses de mim tantas vezes como me lembro de ti. Por favor, demonstra só um pouquinho.
É horrível quando temos tanto a
dizer e a ausência de palavras insiste em permanecer. Eu precisava de perceber
o que se passa e sobretudo o porquê deste vazio sobrenatural em mim.
O tempo corre, tão devagar e tão
doloroso de certa forma. E eu sonhei contigo de novo, sem contar com as
inúmeras vezes em que sonho acordada contigo, eu sei que já o fiz muitas vezes
enquanto dormia. Não sabes nem metade, não saberás. Uma ansiedade e medo
constante de te desiludir, eu sei lá, tenho medo do que aches de mim, tenho
medo, muito medo porque inconscientemente acho sempre que a teu ver serei
imatura, uma criança que nem sabe o significado verdadeiro da palavra amor. Eu não te vou contar, não irei
confessar a forma verdadeira e estranha como mexes comigo. Não
irei ter coragem para explicar a forma extraordinária como deste comigo em doida. Eu sei todas as formas como me
conquistas-te. Já conheço tudo o que em ti me conquistou. Mas conheço mal
aquilo que quero. Podias voltar a dar-me a mão, juro que não recusaria, e
podias até estar junto de mim de novo, sinto que faria tudo de forma diferente.
Quem seria eu se de um momento
par ao outro te contasse tudo isto? É o meu segredo. Vou-me afastando,
esperando que percebas por ti, no entanto, quando sinto que estás perto de
perceber eu prefiro negar, tudo isso porque até a mim eu nego e só o faço porque
eu conheço as consequências de todo este sentimento. Perder-te não faz parte
dos meus planos, e acho que tu nem calculas os meus planos, mas realmente és tu
o meu maior plano. Talvez até sejamos nós. Eu costumo apaixonar-me pelo impossível
(…)